Essa estampa é um prato de versos com manteiga derretida. O Poeta do Cuscuz de Parnaíba é personagem carismático, figura real e imaginada das feiras do Piauí. É aquele que vende cuscuz no vapor e declama poesia de improviso — misturando rima, sustança e afeto na mesma cuia. Ele acredita que comida boa tem que chegar ao estômago e à alma, e que o milho, quando bem tratado, vira arte servida no papel de pão. A frase “Milho é poesia que se come” resume sua missão: 🌽 transformar o simples em simbólico, ✍️ o comum em encantamento, 🥄 e o café da manhã em literatura viva. Na estampa, ele aparece sorridente, com o pano no ombro e o caderno de rimas no bolso, entre a cuscuzeira fumegando e os olhares curiosos dos fregueses. Essa estampa veste quem acredita que a feira também é palco, que a palavra alimenta, e que cuscuz é cultura com cheiro bom e verso quentinho. É poesia de milho, é feira com arte, é nordeste que se come rimando.

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